GRUTA DO PICOLÉ
Gruta do picolé fica a duas horas de caminhada a partir do Monte Crista, um local bem aconchegante porém muitas pessoas vão para fazer baderna e vandalizar o local que é um dos pontos mais cobiçados por quem sobe até este lugar.
Fica cerca de 1.200 metros de altura do nível do mar e abriga uma infinita variedades de vidas.
Desde serpentes, Escorpiões, Lacraias, Aranhas, Guachicas que é um parente próximo do mais conhecido Gambá, Morcegos e outros mais.
Como comentei, além de tudo isso os indivíduos estão cortando as árvores ao redores da gruta, acabando com tudo.
A gruta já não é mais segredo para ninguém infelizmente, mas cada um tem que fazer a sua parte, mantendo-a limpa, organizada e sem deixar seu pertences por lá.
Existe um tonel para deixar alimento que você não quer trazer de volta mas a embalagem não deve ter sido violada para que o produto mantenha suas características e sua validade.
Outro tonel é para armazenamento de água retido da chuva, ou seja não é totalmente seguro beber desta água, e sim usá-la somente para lavar os utensílios e as mãos.
Porém se for necessário beber desta água deverá fervê-la muito bem antes.
Outra coisa muito importante que tem na gruta é a barraca armazém, que serve também para guardar alguns itens de sobrevivência como algumas lonas, corda, o próprio tonel de alimentos, pá, entre outros.
Infelizmente muitos deixam coisas que não tem cabimento e nem lógica, exemplo disso são calçados estragados, talheres enferrujados, barracas velhas, roupas sujas e molhadas e vários outros tipos de lixos.
Sábado 26 de julho o integrante da equipe, Lopes veio de São Francisco para Joinville para nos pegar, chegando em minha residência as 04:20 minutos da manhã, sendo que nós sairíamos as 05:30 minutos.
Então preparei um café reforçado e ajeitei algumas pendências e pronto, as 05:00 liguei para o meu primo Hevandro, que tinha acordado naquele instante. Pedi para acelerar o passo pois nosso amigo Lopes já estava um pouco quanto angustiado para começar a caminhada.
Saimos as 05:20 minutos e chegamos as 06:00 no estacionamento do Sr. Ari.
Estacionamento do Sr. Ari , preenchemos o registro de permanência na montanha e começamos a caminhada.
Conforme o dia ia clareando nós registrávamos os pontos mais fantásticos desta caminhada não teria exemplo melhor do que as escadarias.
A natureza transformou esta erosão em uma verdadeira obra prima fascinante.
Chegamos no mirante que é outro ponto de muita visitação e vimos que foram colocados alguns degraus, achamos muito bom o trabalho de quem fez, pois atende os requisitos, segurança, acessibilidade e evita também o corte de árvores para servir de apoio na hora da subida.
Aproveitamos a oportunidade, mesmo que não tinha nenhuma visão dos arredores.
Abaixo do mirante também é ótimo para acampar ou descansar.
Se cada um fizesse a sua parte, teríamos sempre um local acolhedor que nos dará abrigo e proteção.
Antes de começar a mexer na bagunça decidimos
subir até o teto da gruta e aproveitar o pouco tempo
que tínhamos para tirar umas fotos.
A neblina estava chegando com força e com ela vinha a chuva.
O pouco tempo que permanecemos no topo da gruta podemos ver quão rico de beleza existe ali
desde uma pequena orquídea.
Na foto ao lado as sementes de um pé de mini Jacatirão.
Uma pequena flor amarela querendo desabrochar,
em seguida um lindo Gravatá Espada mostrando sua defesa
porém a sua beleza se destaca com suas flores e fruto.
Enquanto o tempo se segurava continuamos a explorar um pouco mais os arredores, chegamos nesta formação rochosa mais acima do teto da gruta
Encontramos ali dentro este ninho de Urubu, onde havia dois ovos e algumas fezes do mesmo, um dos ovos ainda estava intacto, porém seco.
Aderimos a macaquice, descendo a pedra por árvores mantendo vivo o espirito de infância.
Muitos reclamam que subiram até aqui e não viram nada, mas acredito que não observaram todas as belezas que se encontram neste local.
Viver para mim é isso, a natureza me fortalece 100%.
No dia seguinte, acordamos e estava caindo uma garoa. A chance de ver o nascer do sol se foi, então prolongamos um pouco a preguiça de levantar, mas não por muito tempo, porque todos tínhamos tarefa para fazer, desde o café até recolher tudo que foi deixado para secar e selecionar
Batendo em retirada
Escadaria abaixo da cabeluda, faz a gente parar para refletir. Quantas pessoas sofreram trabalhando para construir isso que hoje é para ser considerado um patrimônio histórico, no entanto vem pessoas que não tem um pouco se quer de respeito.
Não é preciso entrar em detalhes, pois todos sabem o que estou querendo dizer
Isso tem que acabar antes que isso tudo aqui se acabe.
O frio e a chuva fina não davam trégua, só tinha que cuidar com os escorregões.
Por fim chegamos ao final de mais uma aventura e não menos agradecer aquele que nos concedeu estes momentos de vitória e conquista, superação e proteção...
Obrigado DEUS por tudo que nos concedeu, saúde, paz e sucesso.